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O Analista de Processos 3.0

14/6/2019

2 Comments

 
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​Qual o futuro do Analista de Processos?

Com toda essa comoção atual, com todos os movimentos disruptivos de palco e muitos outros distúrbios que nos invadem o coração e a mente, todos os dias, qual seria o destino desse profissional tão importante, mas que pode estar sendo questionado e até se questionando sobre a própria utilidade?

Para acalentar alguns corações e, principalmente, apresentar um modelo evolutivo para esse profissional - que está conectado ao presente e olhando o futuro - decidi escrever este breve artigo. Aqui apresento uma poderosa iniciativa internacional que já está em andamento desde 2017. Também detalho um pouquinho a nossa ideia sobre a evolução de competências-chave para o novo Analista de Processos.

Um breve alerta:
Vou falar de futuro, mas não se preocupe. Não repetirei o discurso de especialistas disruptivos e nem citarei Kodak, Uber, Netflix e tudo isso que já não aguentamos mais ouvir falar. O pior de tudo sobre esse discurso todo é que, normalmente, ele é dito por pessoas que nunca fizeram nada parecido com o que pregam aos 4 ventos do Linkedin. Afinal, estão apenas repetindo o que leram em alguns artigos gringos e assistiram no Youtube. 

Vamos ao que interessa.
Para falar de Analista 3.0, achei interessante também apresentar as suas versões anteriores. Sendo assim, vamos entender “en passant” um pouco sobre o foco de cada um deles e as áreas predominantes de atuação.

O Analista 1.0 - Foco em Gestão da Qualidade Total

Grandes forças de influência na atuação diária:
  • Ford, Taylor, Deming, Toyota, Ishikawa, PDCA, ISO, 5S, Lean, 6 Sigma e outros.

Sem querer entrar em muitos detalhes nesse momento, apenas para ilustrar, após décadas de atuação incansável, esse profissional ficou conhecido como o “Profissional da Qualidade”. Atuava muitas vezes como um auditor (no sentido mais tradicional da palavra), era responsável por descrever procedimentos, fluxos de trabalho, levantava indicadores de desempenho operacional, implantava normas, utilizava ferramentas para controle estatístico e muito mais. Era muito trabalho!

Porém, o tempo passou, alguns conceitos surgiram e outros sumiram/foram substituídos. O mesmo aconteceu com as ferramentas e as tecnologias envolvidas. Ou seja, já no início do século XXI, o Analista 1.0 começava a conhecer e desenvolver novas habilidades e competências. Era o momento de utilizar as tecnologias mais modernas para viabilizar uma nova compreensão sobre as organizações e sua forma de gestão.

Importante:
Antes que alguém entenda errado, e diga que eu disse que o trabalho do 1.0 não existe e nem é importante atualmente, eu direi: Hold your horses, mon ami! *
Não é nada disso. Apenas digo que, atualmente, o escopo do 1.0 sofreu alterações necessárias para não se tornar anacrônico. Não mate o mensageiro.
* percebeu minha fluência em alemão?

O Analista 2.0 - Foco no/do Cliente

Grandes forças de influência na atuação diária:
  • BPM, BPI, BPMN, BPMS, RPA, muita Análise, Melhoria e Gestão de Processos interfuncionais para tentar entregar algum valor ao Cliente organizacional.

Fico muito triste quando chego nos lugares e ouço coisas descabidas sobre a atuação e o pouco resultado alcançado por profissionais e iniciativas dessa natureza. Sabe o motivo da minha tristeza e inquietude?

Primeiro, pergunte/verifique se tais iniciativas - realmente - tiveram apoio político da organização. O que mais encontro por aí é um bolo de escritórios de processos e analistas de processos que passam os dias levantando, modelando e entregando diagrama de processos para colegas/colaboradores. O colega/colaborador, por sua vez, agradece o singelo presente recebido e engaveta-o imediatamente. 
Diga-me, sinceramente, desde quando isso é ou foi o objetivo do escritório ou do analista de processos?
​Se foi/é, não tem outra explicação: estamos diante de uma organização muito imatura no tema gestão. Tão imatura que ainda acredita que cuidar dos processos é tarefa de outrem e de menor importância estratégica e tática.
Bom, o melhor uso do escritório e do analista de processos será assunto para outro momento. Já falei um pouco sobre esse tema em outro artigo, mas prometo voltar a explorar um pouco mais.

Segundo motivo da minha tristeza e inquietude:
O analista de processos não está sendo orientado/utilizado da forma correta.
Não faz o menor sentido contratar uma pessoa capacitada, com perfil pragmático, analítico e crítico, e utilizá-la para corroborar todas as distorções existentes e as mentiras corporativas. Muitos não gostam quando digo isso, mas alguém precisa dizer.

Quando chego nas empresas e nos alunos, faço uma pequena brincadeira com eles.
Eu aposto - com qualquer um que esteja presente - que, em menos de 60 segundos, todos nós descobriremos que tudo o que foi diagramado até o momento está errado e/ou mentido para nós… ok, pode ser quase tudo (99%).

Não é arrogância ou prepotência de minha parte, apenas sei onde a mentira se esconde nas entranhas da besta (o processo) e onde a Lógica Ilusória, muito potencializada pelo desconforto humano de reconhecer que não entendeu algo, nos leva a acreditar em coisas que fazem muito sentido para o cérebro e que surgem de discursos entoados nas reuniões… mas, que não chegam nem um pouco perto da verdade operacional/organizacional.
Quer apostar?
Vamos deixar essa aposta para uma oportunidade ao vivo. :)

O Analista 3.0 - Foco em Design da Experiência do Negócio

Grandes forças de influência na atuação diária:
  • User Experience, Gameficação, Jornada do Cliente integrada aos Processos Automatizados, Design Thinking etc.

Essa é uma linha de evolução bastante provável para a profissão/função de Analista de Processos. Isso não é uma opinião isolada ou apenas minha. Estou envolvendo dezenas de especialistas no assunto, das mais variadas partes do mundo, e estamos compilando o que essas lideranças de pensamento e prática entendem como as principais tendências. Por se tratar de futuro, não é possível/aconselhável ser categórico nesse artigo, mas preciso considerar o know how e a bagagem dos envolvidos nessa aliança internacional que estou ajudando a orientar e desenvolver.
Sem mais delongas, e com o intuito de ilustrar esse promissor futuro para o Analista 1 ou 2.0, trago aqui alguns elementos que norteiam a construção do nosso Key Competencies Model (KCM) - que será lançado em breve.

Para começar a conversa, acreditamos que a evolução do trabalho do Analista, numa atualização natural para atender as demandas e os modelos de negócio do Séc. XXI, envolve o entendimento geral de ao menos 9 dimensões organizacionais e outras 3 camadas ou níveis de atuação.
É consenso entre o grupo e outros praticantes que, as organizações no Séc. XXI precisam se preocupar, no mínimo, com:

Camada de Percepção/Troca de Valor
1- Comunicação da Marca
2- Experiência do Cliente
3- Produtos e Serviços 

Camada Estrutural
4- Cultura Organizacional
5- Gestão de Talentos
6- Organização Corporativa

Camada de Execução
7- Ferramentas e Tecnologias
8- Modelo de Entrega
9- Processos

​Veja o quadro resumo a seguir
Picture
Assim sendo e considerando:

(1) O trânsito multidimensional da função do analista 3.0;

(2) A miríade de habilidades e conhecimentos que o novo analista precisa desenvolver;

(3) A maturidade profissional necessária para desenvolver adequadamente esse papel, é bastante razoável imaginar que a versão 3.0 desse profissional receba, em breve, um nome mais abrangente, um pouco mais condizente com sua atuação menos fragmentada e mais global.

Portanto, alguns “nomes" que podem surgir com o tempo para o analista 3.0
  • Analista VSO (Value, Structure and Operation)
  • Analista STO (Strategic, Tactical and Operational)
  • Analista Multidimensional
Obviamente, muitos outros nomes podem surgir, só não acho que manter Analista de Processos seja o mais adequado, pois, no caso desse profissional 3.0, sua atuação multidimensional e mais global permite tal liberdade poética de criação.

Outro elemento que é interessante pensar e destacar nesse momento é a própria evolução desse analista no mercado.

Após algum tempo atuando como 3.0 e evoluindo com mais profundidade em outras habilidades desse novo modelo organizacional, é quase natural imaginar o surgimento de outra denominação profissional. 
Talvez seja o caso de imaginar esse novo analista como um designer de negócio. Afinal, ao transitar por tantas camadas e temas em sua atuação diária e, mais ainda, atuar diretamente na redução da fragmentação organizacional, é compreensível a tentativa de utilização do termo Design em sua função.

Sei que você já consegue imaginar a “senioridade" necessária ao profissional para alcançar tal função. E não é para menos.
Quando pensamos na criação de uma comunidade internacional para desenvolvimento e difusão desse conceito, a Business Experience Design International Alliance, pensamos nas mais variadas competências necessárias ao novo profissional interessado em atuar nesse modelo de negócio do Século XXI.

Em nossa visão conceitual - e prática para muitos de nós - esse profissional é capaz de transitar pelos mais variados desafios e temas da organização. Ele compreende as mais refinadas formas de segmentação de clientes e criação das jornadas de experiências orientadas pelas necessidades e desejos da personas. Para ter um bom entendimento sobre clientes, estudou e aprendeu a essência da fisiologia do cérebro humano orientada pela neurociência, compreendendo, finalmente, a influência constante e inconsciente que nossos medos, desejos e bloqueios exercem em nossas decisões. 

Sendo assim, ele é capaz de estruturar abordagens de comunicação que consideram o ser humano e a sua relação velada e caótica com Ethos, Pathos e Logos. Aprendeu maneiras de utilizar elementos de jogos e suas engrenagens para promover e estimular engajamento entre as pessoas - colaboradores ou clientes.

Finalmente, e sem querer ser definitivo nesse breve e despretensioso texto, devemos considerar que todas essas competências foram desenvolvidas por esse profissional de maneira gradual. Ninguém alcança tal desenvoltura e proficiência da noite para o dia.

Esse profissional, além de toda a bagagem que traz consigo, possui e desenvolve constantemente o que é chamado de “Mindset do Crescimento” (Carol S. Dweck). Um modelo mental que o faz desejar e crer no poder transformador que os desafios e as mudanças podem provocar nas pessoas.
Portanto, e para encerrar esse já muito longo texto, gostaria de deixar aqui alguns convites:

1- Se você se entende como esse profissional com a bagagem e a estrada mencionada, visite o nosso site e conheça os próximos passos dessa nossa nova e incrível jornada mundial: www.BXD-ia.org

2- Se você ainda não tem toda essa bagagem e senioridade, não se assuste. O Analista de Processos não acabou. Pelo contrário. Em tempos de mudanças cada vez mais rápidas e constantes, todas as organizações precisam de profissionais capazes de rapidamente entender, melhorar e gerir “como" as coisas estão acontecendo na operação organizacional.
Nesse caso, se você quer atuar ou desenvolver suas habilidades em Análise de Processos para fazer uma futura transição (de 1.0 ou 2.0 para 3.0), sugiro que visite o meu site, cadastre-se e entenda melhor como posso te ajudar: 
www.GartCapote.com 

Claro, você também pode se cadastrar na BXD. Afinal, se manter “antenado” nunca é demais.
​Aliás, antenado é gíria de quem não está muito antenado em gírias.


Grande abraço e até o próximo

Gart Capote
2 Comments
Kelly Arruda de Farias Oliveira
19/6/2019 13:30:36

Muito importante a colocação sobre o papel do profissional e do mercado atual. Serve de alerta busca do desenvolvimento e posicionamento diante das transformações.

Reply
Lucas link
26/6/2022 17:15:01

Interestingg read

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